Tema: FeminismoS AfricanoS – Construindo alternativas para as mulheres e para o mundo através de um corredor de saberes que cuida e resiste
Tema: FeminismoS AfricanoS – Construindo alternativas para as mulheres e para o mundo através de um corredor de saberes que cuida e resiste
PRINCÍPIO
Organização colectiva e dialogada entre academia e movimentos nacionais e internacionais – que o próprio processo seja de aprendizados e diálogos entre as diferenças.
Espaço de incentivar a recriar novas formas organizativas, novos valores académicos, novas relações com a sociedade.
Processo político – MM e feminismos em MOÇAMBIQUE: para pensar o programa e metodologia; reflectir quem somos e que queremos aprender nesse processo, considerando os contextos mundiais.
OBJECTIVO
Criação de um espaço de debate amplo onde diversos actores reflectem e dialogam sobre as suas pesquisas, acções e experiências; questionam e (re)constroem paradigmas a partir de diferentes perspectivas e territórios.
Local: Campus Universitário Principal, Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo – Moçambique.
Data: Setembro de 2022
EIXOS DE QUESTIONAMENTO
Teoria & Prática: Que conceitos, representações e práxis constroem ou desconstroem as relações de poder patriarcais, coloniais, capitalistas e racistas na academia, nas ruas e nas acções do movimento?
Metodologias acadêmicas e metodologias dos movimentos de mulheres: É um imperativo urgente desconstruir o conhecimento patriarcal, colonial, racista e capitalista. Será que o estudo do Sul permanece um fetiche exótico Ocidental? Até que ponto se mantém a dominação colonial ao nível da ciência e da academia? Está a produção acadêmica Ocidental a ouvir e a atribuir o mesmo valor e relevância epistemológica aos saberes africanos como aos que são produzidos no Norte Global? Qual o papel e o lugar das mulheres africanas nas academias africanas e ocidentais? As mulheres africanas, ativistas e acadêmicas, devem ser sujeitos e não objetos do conhecimento? Como podem o saber e a acção dos movimentos de mulheres permear agendas e metodologias de pesquisa e transformar os paradigmas de conhecimentos patriarcais e coloniais?
Diálogos entre a academia e os movimentos de mulheres: Como se processa o diálogo entre a academia e os movimentos feministas e de mulheres? Os diálogos têm sido frutíferos? Têm potencial para uma transformação emancipatória cultural, social e política? Abordam de forma crítica as relações Norte-Sul e Sul-Sul no respeitante à cooperação e aos paradigmas de desenvolvimento e de ajuda ao desenvolvimento existentes? Questionam o papel do capitalismo, neoliberalismo e das relações geopolíticas na reprodução e reforço do patriarcado? Existem novas formas de colonização e de opressão patriarcal no mundo contemporâneo?
Movimentos de jovens feministas e seu protagonismo: A emergência de novos movimentos de mulheres jovens redefinem os feminismos: como questionam e desafiam conceitos, métodos e práticas? Quais as suas principais preocupações? Que alternativas inventam e experimentam? Como criam espaços seguros para as mulheres? Como resistem aos fundamentalismos e às tradições? Qual o papel do ativismo e do uso das tecnologias digitais e redes sociais? Como trabalham em estruturas informais? Como criticam estruturas e sistemas autocráticos e burocráticos? Como se relacionam com feministas de outras gerações? É possível a ação conjunta?